segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ninguém dá nada a ninguém

Chegou o Natal e com ele chegaram as campanhas de angariação de fundos por parte das estações televisivas, tal como a missão sorriso da tvi e continente, e a causa maior da rtp.
Apareceram as campanhas publicitárias, a leopoldina e a popota desde logo tiveram o destaque das televisões. Este não é o primeiro ano destas campanhas e, se repararmos, têm tido uma evolução extremamente interessante, as músicas passaram de calmas para músicas super aceleradas e com uma batida estupidamente oposta ao normal de uma canção da faixa etária a que se propõem, como por exemplo a wegue wegue dos Buraka Som Sistema. Estas campanhas têm como principal objectivo ajudar hospitais, fornecendo material necessário para as crianças lá internadas sendo que a principal novidade e inovação é poder escolher o hospital que queremos ajudar, no caso da do continente.
Até aqui não há nada que me indigne, no entanto, o que é eticamente reprovável é o facto destas campanhas não reverterem totalmente para estas causas, nestes casos estas companhias têm fins lucrativos, segundo me consta.
Sempre me disseram que ninguém dá nada a ninguém mas nunca imaginei que até quando o propósito destas angariações são a ajuda de hospitais pediátricos estas não sejam capazes de ser totalmente dignas, não tendo desta forma fins lucrativos.
Apesar de tudo isto, as pessoas compram os produtos para ajudar esses hospitais mesmo sabendo que as companhias também têm lucros. Mas porque é que as pessoas em vez de gastarem o seu dinheiro nesses produtos que pouco têm de interessante e não doam por inteiro esse dinheiro aos centros pediátricos? Não sabem que podem fazê-lo? Certamente que sabem mas o marketing fala mais alto de maneira que estas são persuadidas a fazer coisas sem jeito.

2 comentários:

  1. Também concordo com o facto de estas campanhas serem movidas por interesses. Para essas grandes empresas esta aventura permite lhes juntar o útil ao agradável, ou seja, tem um lucro quase garantido devido à causa em que se debruçam e por outro lado estas empresas ficam bem vistas, visto que se associam a estes actos de "caridade".
    Fica bem

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