sábado, 21 de maio de 2011

E nós pimba!

Eu, como vocês sabem, sou um enorme apreciador de Música, a ciência dos sons. Existem variadíssimos géneros musicais, desde o rock, pop, blues até à nossa bem conhecida, música pimba. E é sobre isto que eu vos venho falar, dos sucessos da música popular portuguesa.

Os cantores deste género musical tão singular seguem um protótipo muito bem estabelecido (aqui), do qual se destaca a sua ligação enorme ao povo emigrante, o crucifixo e as cores berrantes abundam nas cores. Em Portugal há vários cantores, na minha singela opinião apenas tentativas, que se destacam neste género musical, onde se destaca o Emanuel, Quim Barreiros, Toy, Ágata, Leandro, o grande Tony Carreira e o seu descendente, Mickael Carreira. Muitas pessoas podem dizer que a música do Tony não é pimba, mas sim música romântica. Mas caros amigos, pimba não é um verdadeiro género musical, para mim resume-se simplesmente a lixo, canções que tenham letras sobre amor, onde o conteúdo obsceno predomina, e que de arte se resumem a nada, ou seja a música dele não passa de pimba.

Um destes dias, passei por um concerto deste senhor e fiquei fascinado porque aquilo parecia tudo menos um espectáculo musical. Eu estava atrás do palco e ao olhar para a plateia duas situações me vieram à cabeça, ou isto é um jogo de futebol, existia cachecóis e pessoas com t-shirts vestidas como se fossem o equipamento da equipa que apoiam, ou isto é um desfile de modelos masculinos em trajes menores, isto porque esta audiência se resumia a grupos de mulheres que gritavam a todo o momento, onde se destacavam duas frases, “Faz-me um filho!” e “És o meu anti-depressivo!”, quanto aos espectadores masculinos, acho que apenas se dirigem a estes concertos para conhecer mulheres malucas, que se torna mais simples pelo facto de estarem ao som de uma música tão romântica.

Juro-vos que não consigo perceber o sucesso do Tony Carreira, uma pessoa que canta mal, que até no aspecto físico não se destaca e que musicalmente, até acho indecente chamar àquilo música, palavra da qual gosto tanto.

Dentro deste género musical é também comum, para não dizer obrigatório, ter bailarinas desnudas, já que no campo musical nada vale a pena, mais vale por umas mulheres quase nuas a abanar-se para conseguir captar a atenção dos ouvintes que neste caso passam a ser unicamente espectadores. Mas até nisto a qualidade não prima porque até as mulheres se vestem como se fossem as meretrizes de rua.

Talvez prefira ver estes espectáculos musicais apenas como um jogo de futebol porque ao menos aí não vemos tantas figuras tristes e não danificamos uma ciência tão linda como a música.

2 comentários:

  1. Só neste país é que estes senhores têm tanto protagonismo. Não sei como ainda atraem multidões. é a cultura, ou falta dela, portuguesa.

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  2. Concordo, só espero que nas próximas gerações esta aberração da musica desapareça e nada deste género apareça.

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