quarta-feira, 19 de maio de 2010

Viva à liberdade!


Como é de conhecimento de todos, uma professora de Expressão Musical nas Actividades Extracurriculares de Mirandela posou para a Playboy, e como nós vivemos numa sociedade extremamente livre, a professora Bruna Real foi afastada dos alunos como que duma pessoa com uma doença contagiosa e perigosa se tratasse. Para além disto, esta professora não mais será contratada pela Câmara Municipal, sendo que agora Bruna trabalha no arquivo municipal. Trocando por miúdos, Bruna Real foi despedida e para não parecesse mal foi reencaminhada para o arquivo.
Sinceramente acho que a professora foi imprudente e sobretudo, não pensou das consequências que podiam advir do seu acto muito pouco ético. Sim o acto é muito pouco ético mas na verdade ela podia fazê-lo e certamente que a recompensa monetária que recebeu da empresa em questão não foi pequena, no entanto a professora tinha de saber que iria ter problemas com os pais e como é óbvio iria ser alvo de ataques por parte dos alunos. Contudo, Bruna Real apenas fez um trabalho profissional em que neste constava a captação de fotografias em que esta encontrava-se desnuda, suponho que no contrato com a Câmara Municipal de Mirandela não constava os direitos de imagem da professora, por isso esta era livre de o fazer.
Na minha opinião, desde que Bruna Real conseguisse manter o respeito com os seus alunos e que as aulas continuassem com o ritmo natural não acho que a Câmara devesse ter actuado pois ela não tem peçonha (adoro este termo), existem casos bastante piores e em que não se tomam medidas, existem variadíssimos professores que são violentos com os alunos ou o contrário, e também são alvo de chacota, alguns casos são públicos e não é normal tomarem medidas tais como a que tomaram com Bruna Real.
É engraçado viver num país em que o casamento homossexual é legal e uma professora posar para uma revista masculina é motivo para ser afastada da escola e dos alunos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A visita de Bento XVI

Hoje é dia 12 de Maio e como tal preparo-me para amanhã ficar em casa a fazer nada pois Portugal está a ser visitado pela Sua Santidade, o Papa Bento XVI e o estado português lembrou-se que seria uma bela ideia fazer tolerância de ponto para a função pública. É verdade que até sabe bem ficar em casa e não trabalhar mas acho engraçado que o governo que proibiu ter nas escolas sinais religiosos, desde crucifixos ou mesmo imagens de Cristo, declarar tolerância de ponto porque Bento XVI está de visita a Portugal. Esta tolerância é muito má pois, Portugal vai parar durante um dia. Caso os devotos quisessem ir ver o papa, poderiam sempre utilizar um dos seus dias de férias, mas pelos vistos, a crise não existe. Já para não falar que a tolerância de ponto poderá vir a ser utilizada em favor do governo, do género, "ei, o governo é que é fixe, até nos dá tolerâncias de ponto!"
A visita do papa tem sido muito criticada pela sociedade, pois dizem que estamos numa época de grande crise económica e que se está a gastar muito dinheiro para apenas receber o líder máximo da Igreja Católica.
Não consigo perceber como é que conseguem criticar esta visita, é um facto que os media têm dado muitíssima atenção a tudo isto mas têm que ver que noutras ocasiões é igual, os meios de comunicação apenas procuram ter audiências ou vender mais. Na minha opinião, seria motivo de orgulho, para qualquer religião que possam professar, o facto de o líder de uma das maiores religiões visitar Portugal. É verdade que foi investido bastante dinheiro mas também é verdade que uma parte deste irá ter retorno pois haverá grande visibilidade de Portugal e grande parte do investimento é devido a donativos dos fiéis.
Não critiquem por criticar, apenas para ser do contra pois devia ser motivo de orgulho para qualquer pessoa, seja católico ou hindu.